O coração dispara, as mãos ficam molhadas de suor, uma sensação de que as pernas não vão suportar o peso dos próprios passos, um estranhamento no mundo onde sempre vivemos. Parece que á qualquer momento um raio vai cair em nossa cabeça, um acidente vai acontecer na nossa frente, um vulcão vai explodir, uma nave espacial vai descer na terra. A vontade é correr pra casa até que tudo passe . Mas o que vai acontecer? Não houve raio, nem invasão alienígena. Mas as sensações de mal estar são bem reais e podem ser medidas no corpo. Há uma vontade real de se isolar e uma clara impressão de morte ou enlouquecimento.
O terror de esse mal estar se repetir novamente causa ainda mais ansiedade. Há ou não alguma coisa errada nisso tudo? Se esconder-se não é a solução, precisamos descobrir o que está errado, não é?
O medo é um sentimento legítimo e necessário. Ele aparece em situações de perigo e nos protege, nos lembra de nossos limites. Mas após o perigo o medo deveria passar. Dando espaço á outros sentimentos. Quando só se sente medo o tempo todo é como se o botão do medo tivesse quebrado . Provavelmente porque ele foi usado excessivamente . Cabe então perguntar-se: Quando foi que o botão do medo quebrou? Será que o botão travou de tanto chamá-lo para seus limites e você não reparou? Você não olhou os seus sentimentos? Você respeitou sua própria natureza( se é que sabe qual é)?
As crises fazem-nos parar. Especialmente esta que é causada por medo. Que tal então buscar respostas, meditar,
ficar com você mesmo, no presente, se dando, certamente uma atenção que está devendo a você!
Infelizmente a doença é a forma dramática de cobrança da vida. É como se ela nos lembrasse que precisamos viver no presente e que o realmente é importante não estava sendo cuidado.
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