terça-feira, 17 de maio de 2011

Seres humanos

     Novas  pesquisas foram divulgadas amplamente pela imprensa provando que dores de amor são reais.Que foram medidas e comparam-se as doenças físicas e merecem cuidados pois podem ser detectadas em tomografia como afetando gravemente o cérebro na região responsável pela dor.

     Nada de tão inacreditável para quem como eu, lida como as "dores da alma" e percebe o ser humano como um todo inseparável. Claro que nossos problemas, mesmo que subjetivos ,nos afetam, nos adoecem e esses efeitos podem ser aferidos no corpo. Como também os problemas de saúde , afetam a psique, gerando ansiedade, depressão, estresse,etc.

     Quem pode dizer qual parte é mais importante? Qual parte determina o que:o corpo ou a alma? Não podemos.
Dividimos tudo, numa tentativa racional de compreender , de racionalizar, de tornar mais simples. Mas isso que histórica e culturalmente serviu para a compreensão hoje divide ao invés de somar, pois ficamos com a compreensão menor da natureza humana, vendo-a cheia de compartimentos, que muitas vezes não demonstram o que todo.

     Seres humanos são mais que cérebros, músculos e reações químicas.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Angústia

     Um mal estarão real que invade o peito e provoca dores no coração. A alma se manifestando no corpo. Muitos vão aos hospitais procurando bálsamo para suas dores. São entupidos de tranquilizantes e, confusos, tentam entender o que dói em seus corações.
     Não é uma artéria ou músculo visível em exames e tratável com angioplatias. É dor de sentimentos que foram se acumulando e que se expressaram no corpo, já que somos seres de corpo é alma inseparáveis as dores da alma podem se manifestar também no corpo.

     Se a vida não anda, se a realidade está difícil de encarar, se tentamos , mas está dolorido seguir em frente, com certeza, sentiremos angústia. Que coração estaria feliz se seu "dono" estivesse estagnado na vida, ou vivendo uma ilusão?

     A vida é pra ser vivida e mesmo que não nos pareça boa o natural é o movimento , não a paralisação. As pessoas que enfrentam as dificuldades sentem-se capazes e viventes. Como sabem a maioria das mães, tem maior resistência quem enfrentou os micróbios e bactérias.

     Se tocarmos o tórax de uma pessoa angustiada sentiremos um enorme "nó" em seu peito. Isso parece simbolizar corpóreamente que está obstruindo a continuidade da vida. Que mesmo que vá por caminhos duros e pedregosos momentâneamente, sempre segue.

     Respirando fundo e massageando o nó do peito, sigamos em frente. Nada é permanente.
    

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sem amor não somos nada

"" Ainda que eu falasse as línguas
   dos homens e dos anjos,
   se eu não tivesse amor,
   seria como sino ruidoso
   e como címbalo estridente.

  Ainda que eu tivesse o dom da
profecia,
  o conhecimento de todos os mis
térios e toda a ciência;
 ainda que eu tivesse toda a fé,
 a ponto de transportar montanhas,
 se não tivesse amor,
 eu não seria nada.

...
  Agora, portanto,permanecem estas
três coisas:
  a fé, a esperança e o amor.
  A maior delas porém é o amor.""
                            CorintiosI ,1, 13


     Acordei com dor nas costas, depois de uma noite mal dormida. Corpo duro, dias duros. A vida toda ali refletida. Como sempre é aliás. E fui carregando essa dureza pelo meu dia, num mal humor infernal.

     Mas uma  cena em plena marginal me chamou a atenção pra necessidade de desfazer os nós e amolecer: a expressão fechada do rosto mudou instantâneamente. O coração foi amolecendo aos poucos. Um casal seguia numa moto  e a moça no lugar do carona se agarrava ao piloto. Ele dirigia sem desespero (coisa incomum para motoqueiros em São Paulo) e pousava uma das mãos na coxa da mulher afetuosamente. Uma cena de amor explícito no meio de tanta poluição , asfalto e dureza.O trajeto naquele corredor poluído foi feito com amor.

     Comecei a ver amor por todos os lados no meio da cidade. Recebi um aceno sorridente de uma criança em um carro á minha frente no congestionamento, flagrei uma mulher ajudando uma senhora a atravessar a rua no semáforo, olhei o céu...

     Nem sempre o amor vem de quem ou de onde esperamos.
Mas ele está ai, no céu, nas pessoas que cruzam conosco nas ruas, nas palavras que recebemos. As vezes escolhemos o desamor ao invés do amor. As vezes nem o enchergamos!

     Mas "se não tivesse amor eu não seria nada."