segunda-feira, 18 de abril de 2011

A independência e o relacionar-se

     Hoje em dia todos tão sobrecarregados de tarefas desde a infância que parecemos robôs programados para a independência , para a vida competitiva. Ainda que nossos corpos não sejam como máquinas programáveis e nossas almas não acompanhem a evolução tecnológica. É como se negássemos coletivamente a existência de limites humanos, diferenças,sentimentos, sentimentos, culturas ou psiques. É como se não houvesse nem uma relação entre mente e corpo e espírito. Como haveria então uma relação adequada entre pessoas? Como relacionar-se com seres humanos com sentimentos, diferenças, limites, se somos tão independentes?

     No século passado surgiram tantos super heróis que povoam o imaginário popular, cheios de super poderes, garras , capas , asas, e capacidades além das que nós humanos , mortais e limitados jamais poderemos almejar que, parece que estamos projetando os desejos de sermos mais do que podemos ser nesses personagens. Estamos nos esquecendo de nos alegrar com o que somos, que mesmo  com defeitos e limitações, merece nossa valorização e desfrute.

     Muitas vezes aceitar nosso lado frágil, dependente, que nos torna menos robôs, mais humanos, mais necessários aos outros e mais abertos ao que o outro tem a nos oferecer também. Que bom que somos tantos e tão diferentes nesse mundo. Que bom que cada um pode contribuir com uma parte.

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