"" Ainda que eu falasse as línguas
dos homens e dos anjos,
se eu não tivesse amor,
seria como sino ruidoso
e como címbalo estridente.
Ainda que eu tivesse o dom da
profecia,
o conhecimento de todos os mis
térios e toda a ciência;
ainda que eu tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas,
se não tivesse amor,
eu não seria nada.
...
Agora, portanto,permanecem estas
três coisas:
a fé, a esperança e o amor.
A maior delas porém é o amor.""
CorintiosI ,1, 13
Acordei com dor nas costas, depois de uma noite mal dormida. Corpo duro, dias duros. A vida toda ali refletida. Como sempre é aliás. E fui carregando essa dureza pelo meu dia, num mal humor infernal.
Mas uma cena em plena marginal me chamou a atenção pra necessidade de desfazer os nós e amolecer: a expressão fechada do rosto mudou instantâneamente. O coração foi amolecendo aos poucos. Um casal seguia numa moto e a moça no lugar do carona se agarrava ao piloto. Ele dirigia sem desespero (coisa incomum para motoqueiros em São Paulo) e pousava uma das mãos na coxa da mulher afetuosamente. Uma cena de amor explícito no meio de tanta poluição , asfalto e dureza.O trajeto naquele corredor poluído foi feito com amor.
Comecei a ver amor por todos os lados no meio da cidade. Recebi um aceno sorridente de uma criança em um carro á minha frente no congestionamento, flagrei uma mulher ajudando uma senhora a atravessar a rua no semáforo, olhei o céu...
Nem sempre o amor vem de quem ou de onde esperamos.
Mas ele está ai, no céu, nas pessoas que cruzam conosco nas ruas, nas palavras que recebemos. As vezes escolhemos o desamor ao invés do amor. As vezes nem o enchergamos!
Mas "se não tivesse amor eu não seria nada."
Nenhum comentário:
Postar um comentário